Pedro Mateus

Aluno do 1º ano de Design e Produção Gráfica do Instituto Superior de Educação e Ciência

Este blog tem como objectivo, uma publicação regular sobre os temas abordados nas aulas de Óptica e teoria da Cor, que servirão como elementos de avaliação à disciplina.

Um espaço para me cultivar e para te cultivares!

Olho Humano - Pt4 (Última)

Boa Noite leitores,


Concluo finalmente o capítulo referente à anatomia do olho humano.

O conteúdo do olho apresenta vários elementos: o cristalino, o humor aquoso e o humor vítreo.


O cristalino é uma estrutura fundamental para garantir uma visão correcta, já que actua como uma lente que possibilita a incidência dos raios luminosos sobre a retina. O cristalino é um disco transparente biconvexo, com elevado conteúdo aquoso situado por trás da íris, graças a um ligamento que o une ao músculo ciliar, cujo grau de contracção altera a forma da lente e, consequentemente, a sua curvatura, adaptando a sua capacidade de incidência.

À frente do cristalino, os espaços situados entre a lente e a íris (câmara posterior) e o localizado entre esta e a córnea (câmara anterior) são ocupados pelo humor aquoso, um líquido transparente produzido pelo corpo ciliar, que circula de um espaço para o outro, atravessando a pupila.


Por trás do cristalino, entre a superfície posterior da lente e a retina, existe um espaço ocupado pelo humor vítreo, uma massa gelatinosa transparente que garante ao olho a sua forma globular, atravessado no seu centro por um fino canal designado canal hioideu.


E pronto, está completa esta superficial análise relativamente ao olho humano.

Até ao próximo post!


Olho Humano - Pt3

Boas Leitores,

Continuação da matéria sobre Anatomia do Olho...

A camada interna do olho corresponde à retina, a membrana sensível sobre a qual são projectados os raios luminosos, formada por várias camadas de células que originam duas unidades: a retina pigmentar ou sensorial, onde se encontram os fotorreceptores, e a retina neural, constituída por células de sustentação e por outras, cujos prolongamentos formam o nervo óptico. É possível distinguir dois tipos de fotorreceptores , as células responsáveis pela transformação dos estímulos luminosos em impulsos nervosos: os cones, que reagem em ambientes bem iluminados, sendo sensíveis às cores, e os bastonetes, que reagem em ambientes pouco iluminados, proporcionando uma visão a preto e branco.

Por outro lado, é possível distinguir dois sectores específicos sobre a superfície da retina. Um deles, situado exactamente no pólo posterior do globo ocular, é a mancha amarela ou mácula lútea, uma pequena zona de cor amarela, cuja parte central (a dita Fóvea para os alunos de Óptica) se encontra ligeiramente deprimida (favea centralis) e onde apenas existem cones, que corresponde à área de maior acuidade visual.
O outro, ligeiramente deslocado para a região interna, é a papila óptica, correspondendo ao ponto através do qual as fibras nervosas das células da retina que transportam os estímulos visuais saem do olho, atravessando o coróideo e a esclerótica, de forma a constituírem o nervo óptico. Como este sector não apresenta fotorreceptores, é designado "ponto cego".



Continua no próximo post!

O Olho Humano - Pt2

Boa Noite leitores,

Continuando o tópico anterior...


A camada média do olho corresponde à úvea, a camada vascular do olho, responsável pela nutrição dos restantes componentes do globo ocular e formada por várias estruturas: íris, corpo ciliar e coróideo.

A íris é um disco situado poucos milímetros atrás da córnea, maioritariamente composto por fibras musculares e constituído por uma quantidade variável de pigmentos, dos quais depende a cor evidenciada para o exterior, condicionada por factores genéticos e variáveis de pessoa para pessoa. No centro da íris existe uma abertura circular, a pupila, perceptível desde o exterior como um ponto de cor negra, cujo grau de contracção ou dilatação, alterado pela acção das fibras musculares do disco, regula a passagem dos raios luminosos até ao fundo do olho.


Em torno da íris, é possível encontrar o corpo ciliar, uma estrutura igualmente constituída por abundantes fibras musculares que formam o músculo ciliar, ligada ao cristalino através de um ligamento, cuja contracção altera a curvatura da lente, de modo a possibilitar a incidência dos raios luminosos sobre a retina. O corpo ciliar é igualmente constituído por formações vasculares encarregues da secreção do humor aquoso, o líquido que ocupa a parte anterior do olho.


O coróideo é a porção mais extensa da úvea, já que se estende desde o corpo ciliar ao longo de toda a porção posterior do globo ocular, entre a esclerótica e a retina, sendo composto por abundantes vasos sanguíneos e tendo como principal função nutrir as estruturas sem irrigação própria, nomeadamente os elementos sensoriais da retina.


É de salientar que a informação que consta nestes tópicos é retirada integralmente da fonte mencionada. Não tenho por norma fazê-lo, mas achei a explicação bem acessivel a todo o público leitor.

Continua no próximo post!

in:
http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=505

O Olho Humano - Pt1


Boa Tarde leitores,

Entrámos agora numa matéria que considero super interessante - A Cor! Mas mais que isso, nestas últimas aulas falámos do Olho Humano e dos seus componentes.


O olho, igualmente denominado globo ocular, é um órgão duplo e simétrico, já que o ser humano apresenta na sua constituição dois olhos, localizados em cavidades ósseas da parte anterior do crânio, denominadas órbitas. O globo ocular tem uma forma esférica, mas algo aplanada no sentido vertical, com um diâmetro que nos adultos pode chegar aos 24,5 mm. É formado por três camadas concêntricas e composto por uma série de estruturas que controlam a passagem dos raios luminosos provenientes do exterior, com vista a projectá-los sobre uma membrana sensível aos estímulos luminosos, onde são formadas as imagens posteriormente elaboradas pelo cérebro.



A camada externa do olho é constituída por duas estruturas: a esclerótica e a córnea. A esclerótica é uma túnica resistente e opaca, formada por tecido conjuntivo, que constitui a maioria do revestimento externo do olho, embora apenas seja perceptível na parte anterior, onde é possível apreciar a sua típica cor branca - o popular "branco do olho". A esclerótica serve de base para uma série de pequenos músculos que proporcionam ao olho a sua típica mobilidade, permitindo que se desvie nas diferentes direcções de maneira coordenada com o outro globo ocular. Na parte anterior, como se fosse uma "janela" do olho, encontra-se a córnea, um disco transparente com a forma de uma abóbada adjacente à esclerótica ao longo de toda a sua periferia (limbo esclerocorneano) como se fosse o vidro de um relógio, através da qual os raios luminosos podem penetrar no interior do globo ocular.

- Vou completando a imagem à medida que explico os diferentes componentes -

Continua no próximo post!




O Estrabismo

*Qualquer dia já não posso entrar aqui que desato a espirrar! (sou alérgico ao pó!)*

Boa Noite leitores, o tema de hoje é - O Estrabismo.
O que é o estrabismo?
Estrabismo é um tipo de alteração ocular que desalinha os olhos para direcções diferentes e representa a perda do paralelismo entre os olhos. O desvio dos olhos pode ser constante e sempre notado, ou poderá ter períodos normais e períodos com olhos desviados. Existem três formas de estrabismo, o mais comum é o convergente (desvio de um dos olhos para dentro), mas podem ser também divergentes (desvio para fora) ou verticais (um olho fica mais alto ou mais baixo do que o outro).


Porque se é estrábico?
No olho humano, existem seis pares de músculos extra-oculares, presos do lado de fora de cada globo ocular e que controlam os movimentos. Em cada olho, dois músculos movimentam os olhos para a direita e para a esquerda. Os outros quatro músculos movimentam os olhos para cima e para baixo. Para termos os olhos alinhados e focalizados num ponto, todos os músculos oculares devem estar num equilíbrio perfeito de forças. Quando os músculos oculares não trabalham em conjunto ocorre um desvio ocular ou estrabismo.
Parte das situações, em que as crianças têm alguma forma de estrabismo poderão desenvolver-se, com maior probabilidade, devido a prematuridade, hereditariedade, paralisia cerebral, “graduação elevada”, baixa visão num olho (ambliopia). Por outro lado, o estrabismo pode ser um sinal de outra doença que importa diagnosticar.

Como tratar este problema?
O oftalmologista é o único técnico especializado para avaliar o caso na sua especificidade e indicar qual o melhor processo a seguir. O tratamento pode ser efectuado em três âmbitos:
  • Óptico – quando se utilizam lentes para corrigir erros de refracção;
  • Ortóptico – quando o olho saudável é coberto ou obstruído para promover a utilização do olho estrábico;
  • Cirúrgico – quando se procede à recessão do músculo recto, para auxiliar o alinhamento ocular.

Saliente-se que o tratamento cirúrgico só é utilizado quando o restante tratamento médico não é suficiente e os olhos permanecem desviados. O objectivo é pois fortalecer ou debilitar certos músculos do olho, de forma a obter uma boa visão e evitar que se torçam. Para além destas três intervenções é possível ainda realizar exercícios especiais e programas de treino visual para reforçar a visão binocular.

É possivel prevenir este desvio ocular?
Para despiste desta deficiência visual há que proceder à observação e ao acompanhamento precoce de todos os recém-nascidos, pois é nos primeiros meses de vida de uma criança que a função visual e o seu desenvolvimento vão ser determinados.
Este acompanhamento precoce permitirá avaliar as causas associadas ao estrabismo, evitar ou tratar a ambliopia e investigar possíveis patologias oculares associadas (como cataratas, lesões inflamatórias na retina ou lesões tumorais), bem como patologias gerais, principalmente do sistema nervoso central.

Até ao próximo post!
PS: Obrigado uma vez mais...

A Miragem

Boa Tarde leitores,
Uma vez mais, peço-vos desculpa pela minha demorada actualização. O assunto que vos trago hoje é - Miragem.
A Miragem é um fenómeno óptico frequente em dias ensolarados que ocorre nas estradas, paisagens desérticas e até mesmo em alto mar.

Quantos géneros de miragens existem?
A verdade é que existem imensos, no entanto, podemos agrupa-los em dois grandes grupos:
  • Miragem Inferior, a miragem que ocorre no deserto e estradas, que explicarei seguidamente;
  • Miragem Superior, a miragem que ocorre em regiões polares e com menos frequência que a primeira;


Como se dá este fenómeno?
A miragem trata-se de uma imagem causada pelo desvio da luz reflectida por um objecto. É por isso um fenómeno físico real, e não uma ilusão de óptica.

A luz solar, à medida que se aproxima do asfalto, sofre refracção devido à temperatura das camadas de ar. Esta refracção desvia a direcção da propagação de luz, e quando finalmente a luz atinge o asfalto, reflecte-se (totalmente) nas camadas de ar próximas do solo, causando uma distanciação entre este e a dita luz.

Qual o resultado?
Resulta na ilusão de que a superfície do solo é espelhada, formando um género de “poça de água”.
Este é apenas mais um dos muitos fenómenos ópticos que podemos observar (poderão consultar sobre o arco-iris e sobre a aurora boreal, já descritos neste blog), e que muitas vezes são confundidos como ilusões de óptica, mas que na realidade são reais (perdoem a redundância) pois envolvem a propagação de luz na atmosfera.


Até ao próximo post!

In:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Miragem



Hipermetropia

Boa noite Leitores,

Uma vez que iniciei este tópico sobre disturbios visuais/lentes, hoje postarei sobre Hipermetropia.

A Hipermetropia, ao contrário da miopia, é um disturbio visual causado pela formação de imagens após a retina. Isto deve-se ao facto de o olho de um hipermétrope ser ligeiramente menor do que o normal.

Um hipermétrope geralmente tem boa visão ao longe, e má visão ao perto, este fenómeno deve-se a uma compensação feita pela "lente do olho" que corrige o grau de visão ao longe, desquilibrando a focagem da imagem ao perto.


Como é esta situação resolvida?
Pela uso de lentes convergentes! Que actuam, fazendo convergir a luz para a retina formando aí a imagem.

Como vê um hipermétrope?

Usando o mesmo exemplo, é assim o dia-a-dia de um hipermétrope. acaba por ser muito vantajoso em determinadas alturas, mas a leitura de livros por exemplo, fica seriamente condicionada. Concluindo, o melhor é não sofrer de disturbios visuais e ter uma visão sã.
Até ao próximo post!
in: