Pedro Mateus

Aluno do 1º ano de Design e Produção Gráfica do Instituto Superior de Educação e Ciência

Este blog tem como objectivo, uma publicação regular sobre os temas abordados nas aulas de Óptica e teoria da Cor, que servirão como elementos de avaliação à disciplina.

Um espaço para me cultivar e para te cultivares!

Mistura Óptica das Cores

Bom dia Leitores.
Gostaria de vos falar de um assunto que me fascinou nas aulas de história de arte do meu secundário, no entanto, voltarei ao assunto da cor - a Mistura Óptica das Cores.
A título de curiosidade, os pintores impressionistas, e mais tarde os neo-impressionistas, utilizavam um método de pintura que apelava ao olho humano para se compreender no seu geral. Através de pinceladas rápidas, e sem aparents rigor, estes grandes senhores do séc. XIX conseguiram pintar quadros que só vistos a uma distância superior a 2 metros eram compreendidos.

A que se devia este fenómeno?
Simples, à conjugação das cores em locais chave! Cores primárias, complementares, frias, quentes, análogas...um turbilhão de cores que resultava numa composição harmoniosa e inovadora.
Já os Neo-impressionistas, Seurat, Signac entre outros, desenvolveram um método de execução que consistia em reduzir as pinceladas impressionistas, a minúsculos pontos - Pontilhismo - de cor pura não misturada, cientificamente colocadas umas ao lado das outras de acordo com a lei das complementares (Tomem em atenção o circulo cromático de que vos falei anteriormente). Estas manchas cromáticas misturavam-se, a uma certa distância, no olho do observador.


Cada uma das cores secundárias é a transição ou a mistura entre duas cores
primárias que lhes estão adjacentes. Cada cor primária, dentro do círculo, forma
um par de cores complementares com a cor secundária que lhe fica em frente, isto
é, ambas as cores se completam em luz incolor, ao misturarem-se opticamente,
mas, lado a lado, aumentam mutuamente de intensidade. Por sua vez as cores não
complementares, postas umas ao lado das outras, transformam-se reciprocamente no
sentido das cores complementares. Essa intensificação ou modificação mútua
chama-se contraste simultâneo e tem as suas causas no olho humano que produz as
modificações da cor oposta
Walter Hess, Documentos para a Compreensão da Pintura Moderna, Livros do Brasil


Para mim foi um tipo de arte que precisei estudar para começar a gostar, sou-vos sincero. Mas hoje em dia sou capaz de apreciar um bom quadro impressionista.

Deixo-vos agora com alguns exemplos de quadros Impressionistas e Neo-Impressionistas:




Como poderão reparar nos detalhes, não existe uma mancha de cor uniforme, homogénea...


Até ao próximo post!

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